data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Na corrida dos órgãos públicos no combate à pandemia da Covid-19, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) obteve um avanço significativo para aumentar a retaguarda de proteção à Santa Maria e região contra o novo coronavírus. O reitor Paulo Burmann teve, nesta quinta-feira, a notícia que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) - responsável por administrar o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) - liberou em caráter emergencial o recurso necessário para a retomada da obra da Central de UTIs do Husm, parada desde junho de 2018.
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Com um custo total de R$ 4,4 milhões, a UFSM tinha em caixa a cifra de R$ 2,7 milhões para a retomada dos serviços. Agora, a Ebserh assegurou o repasse de R$ 1,7 milhão que faltava. Ainda em março, a procuradora da República Bruna Pfaffenzeller vinha pleiteado que a Central de UTIs, que fica em anexo ao Husm, e que está parada há quase dois anos, pudesse ser finalizada. A obra, que está 70% feita, contabiliza uma série de licitações desertas e de empresas sem interesse em retomar os serviços. A ideia, à época, proposta pelo MPF, era viabilizar uma dispensa de licitação dada o contexto de pandemia.
ENTENDIMENTO
O reitor explica que houve o entendimento dos órgãos reguladores da União e da própria Ebserh para que se conseguisse viabilizar uma modalidade emergencial de licitação. Assim, a UFSM já tem definida e conhecida a empresa que ficará à frente da retomada das obras, já na próxima semana, será a Bel Construções Ltda.
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No cronograma inicial, seriam necessários oito meses para a conclusão dos serviços. O prazo, contudo, frente à pandemia e à necessidade de se ter leitos para atender casos de pessoas com coronavírus, foi reduzido à metade. Ou seja, a meta colocada à empresa é que ela finalize tudo em três a quatro meses, conforme disse o reitor à reportagem.
Ainda dentro deste cronograma, a meta é que, possivelmente em até 60 dias, parte da estrutura (que já estiver concluída) possa ser liberada para receber os 10 leitos de UTI do Husm, liberados pelo governo do Estado e que, nesta quinta, receberam os kits para serem montados. Além disso, com a Central de UTI concluída em menor tempo, o reitor revela que será pleiteado junto à Secretaria Estadual de Saúde (SES) mais leitos:
- Trata-se de uma notícia importante. A Central de UTI será retomada no início da próxima semana. E, neste contexto de pandemia, a meta é que tenhamos em até 60 dias, parte da estrutura já liberada para ser utilizada. Com isso, poderemos pedir mais leitos para o Estado e dar uma retaguarda maior à sociedade. É um avanço importante por meio de uma articulação entre Husm, UFSM e Ebserh.
A ESTRUTURA
A obra, uma vez concluída, fará com que o Husm passe dos atuais 45 leitos de UTI para quase 90 leitos. Mas, depois, na sequência, para que a Central de UTI funcione a pleno vapor haverá necessidade de conseguir verbas para comprar equipamentos e o concurso para contratar os servidores. O que deve ter um custo entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões.
HISTÓRICO
A obra começou em agosto de 2013 e, inicialmente, deveriam ser concluídas em 2015. O serviço foi interrompido por sucessivos descumprimentos contratuais. Em junho de 2018, ocorreu a última rescisão do contrato com a empresa responsável. E, desde então, foram seis licitações para retomar as atividades.